domingo, 22 de agosto de 2010

Cheia de Nada

Tenho um vazio
Um vazio profundo
Mas se está vazio este mundo
Como saem estas palavras?
Acho que afinal tenho uma cheia…
Uma cheia como aquelas que vemos
Atormentar milhares de pessoas.
Afinal não estou vazia,
Estou cheia…
Cheia de amor, cheia de amizade,
Cheia de curiosidade, cheia de ansiedade,
Mas cheia da “solidão” destas poucas horas.
Assim, sou como todas as outras pessoas
Esta cheia também me atormenta
Só que não rebenta…
Acho que se assemelha a um balão.
Por vezes vazia,
Depois, noutras alturas…
Começa a inchar, a inchar
Até estar cheia
Mas nunca chega a rebentar.
A seguir fico a sonhar
E escrevo isto…
Tento esvaziar a cheia
Mas fica difícil
E nem sempre o ar sai
E então vem a parte em que se cai.
Cai-se na tristeza.
Estar deprimida
Aparentemente sem razão
E eu pergunto:
“Então? Paras ou não?”
E eu respondo:
“Ok, eu paro agora.”

(escrito a 10/07/2009)

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