sábado, 29 de janeiro de 2011

Traição

 Apercebi-me de algo (não que o tenha atingido por uma experiência própria de acto), é de que é possível trair mesmo amando alguém, mas tudo depende da força interior que a pessoa tem.
Não é por acaso que uma pessoa vive uma vida (quase) inteira com outra e depois de ela morrer encontra outra e volta a amar e a ser feliz (nem sempre, mas existem muitos casos destes). Isso acontece porque de facto há um determinado número de pessoas no mundo que podem satisfazer os nossos gostos, aquilo que apreciamos em alguém; mas, para que não haja traição, o que se tem a fazer é, das duas uma,

se sentirmos que somos frágeis e que nos podemos apaixonar por alguém (à parte do nosso amor por uma pessoa) ao ponto de nos sentirmos tentados a trair o nosso parceiro/a, então não devemos conhecer muito a fundo certas e determinadas pessoas que a gente veja que pode gostar;

mas se temos plena consciência que sabemos separar bem isso e que mesmo que algum dia tenhamos essa tentação sabemos resistir-lhe, então aí tudo bem. Pode-se conhecer novas pessoas e até ter novos amigos, sempre com aquela resistência interior de nos lembrarmos que há alguém que amamos, que chegou primeiro, que não queremos magoar, que não gostaríamos que nos fizesse o mesmo. E lembrarmo-nos de tudo o que está para trás e da falta que essa pessoa nos faz, o quão importante é. Então aí há um amor fiel e sem traições.
Mas bom, acredito que isto seja ainda apenas a minha ideia de prematura idade. Talvez ainda nem a metade do meu percurso de vida tenha chegado para poder dizer isto. Por isso, dou tudo isto que aqui disse como uma mera ideia e não uma afirmação clara de conhecimento.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Porque és tão especial

- O que viste em mim para gostar de mim? nhão tenho nhada de especial...


- Tens...Tens muita coisa de especial,
Porque me fazes sentir amada, querida,
Porque aconteça o que acontecer no meu dia
Quando estou contigo estou bem
E sorrio mesmo que haja tristeza interior por alguma coisa
És a pessoa que quero e necessito ter ao meu lado quando estou mal
Nos piores momentos, mesmo que gostemos muito dos nossos amigos
É como se os pudéssemos dispensar
Ou como se fosse indiferente
O que quer que fosse que eles fizessem
Para nos tentar fazer sentir melhor,
Mas contigo
Isso não é assim.
É amor,
Porque amo os meus pais
E quando estou mal,
Quando uma criança está mal,
Apesar de se calhar os pais não conseguirem fazer nada
É como se a presença deles melhorasse alguma coisa
E contigo, não sendo uma relação de progenitor,
É um amor diferente
De cumplicidade,
De carinho,
De união,
De entendimento,
Inter-ajuda...
Tudo junto
Em olhares,
Em toques,
Em palavras...
E tudo isto é o que sinto por ti.
E é querer-te bem
E que nada de mal te aconteça
Acima de qualquer circunstância.
É isso que tens de especial
Gostares tanto de mim e fazeres-me gostar tanto de ti
E eu saber que posso confiar nesse sentimento.
Continuas a achar que não tens nada de especial? :3

Dá-me...

Dá-me...
Dá-me isso que tens aí,
Abaixo do teu nariz.
Esses lábios carnudos que quero sentir...
Com o cheiro da tua boca...
O toque da tua língua...
O carinho do teu sentimento por mim.
Dá-me tudo isso,
Num beijo só.
Dá-me.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Amor à primeira vista? (Love at first sight?)

Certamente não é este um tema de que nunca tenham, pelo menos, ouvido falar. Não é algo que nunca tenha acontecido na cena de alguns filmes. Não é também algo que não tenha opiniões diversas e por isso, decidi publicar a minha OPINIÃO sobre este assunto (a qual apoio a 100% sem margem para dúvidas que é a correcta, digam-me o que disserem!).
Portanto, recapitulando, é sobre 'amor à primeira vista' que irei explanar.
Em primeiro lugar, para se afirmar que existe amor num primeiro contacto com alguém é preciso saber o que é o AMOR. Posto isto, será o amor uma atracção física? Somente isso não! Nunca. Nem metade da percentagem lhe pertence, digo eu.Agora eu pergunto, quando vemos pela primeira vez alguém, qual é a única coisa que vemos? O seu exterior. Até podemos ficar com uma ideia de como a pessoa poderá ser interiormente e essa ideia, quem sabe, até poderá estar certa, mas trata-se de um mero acaso.
Eu não vou desenvolver muito o que é (para mim) o amor pois já o fiz num outro texto aqui do blog, mas, o que posso dizer é que para amar alguém é preciso conhecê-la muito bem. Muito bem mesmo. E agora alguém pode pensar "Então e quando alguém ama alguém e depois vem a descobrir que essa pessoa só lhe mentia e que na verdade nunca a chegou a conhecer verdadeiramente?". Não é muito difícil de responder. Para amar temos de conhecer, mas, a pessoa não sabe que o Outro não é assim como faz parecer aos olhos de outrém, logo, a pessoa ama 'aquilo' que pensa conhecer. Na verdade, se conhecer o verdadeiro âmago do Outro, poderá deixar de o amar pois as novas características que lhe são atribuídas não satisfazem o ser da pessoa podendo até desiludi-la. Assim, penso que está claro que a minha opinião quanto a este assunto é de que o amor não existe num primeiro contacto visual com o Outro. Amar é muito mais profundo, vai muito mais além do que aquele primeiro olhar cúmplice, do que aquela aparência atractiva e desejável, do que aquela simpatia inicial. Vai muito mais além disso tudo. Vai ao âmago do Outro. É conhecer bem a outra pessoa, gostar do que conhece na sua maioria (não significa que seja na totalidade, pois quem ama verdadeiramente consegue ver também os lados menos bons do Outro). Amar é querer estar com aquela pessoa o tempo todo e isso significa apenas saber que a presença do Outro está ali. Quer seja físicamente, num momento a sós ou acompanhados, quer seja à distância mas ouvindo a sua voz ou mesmo vendo. É querer o bem para o Outro. Amar é ser generoso, muitas vezes mais do que connosco próprios.
Se amar é tudo isto, como pode haver amor à primeira vista? Simplesmente não há. Nunca, em qualquer geração. E digo isto porque, para mim, nada tem a ver com as novas ou antigas gerações. O conceito do amor não alberga algo tão objectivo quanto isso. Portanto, aqui o problema é algumas (ou muitas) pessoas confundirem Amor com
Atracção que posteriormente CALHA de até dar em amor. É isto. É isto que as pessoas confudem por ignorância ou esquecimento...talvez falta de pensamento. Por pouco pensarem as pessoas nas coisas, não há agora outros Einsteins, Newtons, Aristóteles, Darwins e por aí fora...Ou não. Às vezes pensar demais também não é bom. «Tudo o que é demais, é moléstia.» Mas, se eu digo tudo isto aqui, se as pessoas têm opiniões, é porque pensam. Já dizia Descartes "Eu penso, logo existo.". Eu existo e toda a gente existe. Façam dessa existência uma verdadeira existência. Questionem. Abram horizontes. Vejam o âmago das coisas. Não existe amor à primeira vista. Mas pode existir uma atracção numa primeira vez que se vê alguém e, mais tarde, depois de conhecer essa pessoa, essa atracção tornar-se num sentimento mais forte e inabalável - o amor.